sábado, 20 de fevereiro de 2010

New York doll



Nova Madonna? Ativista em defesa dos direitos gays? Uma maluca de olhos arregalados e figurinos esquisitos? Um novo produto de marketing? Herdeira do David Bowie dos anos 1970? Lady Gaga é um pouco de tudo isso e é um tremendo fenômeno. Seu álbum de estreia, The Fame, saiu em 2008 com músicas superdançantes e poderia ter morrido poucos dias de ferveção depois – como em geral acontece. Mas não. Praticamente todas as suas faixas (Just Dance, Poker Face, Love Game e Paparazzi) se tornaram hits internacionais e alcançaram o número um do ranking da revista especializada Billlboard (um feito raro para um trabalho de estreia). Talvez porque foi construído seguindo o modelo dos álbuns de rock dos anos 1960, em que cada música é um evento. O resultado foi um case. The Fame vendeu perto de 5 milhões de cópias no mundo inteiro. E seu relançamento (The Fame Monster) bateu em dois dias todos os recordes de downloads, algo tão improvável quanto a paz no Oriente Médio. As faixas Bad Romance e Telephone, esta em dupla com Beyoncé, não param de tocar nas rádios e seus clipes bombam na TV e na internet.

Por mais absurdo que possa parecer à primeira vista, Gaga não é só uma cantora bonitinha com boa voz à frente de uma superproduzida máquina de embalagem. Ela escreve suas próprias letras, toca seu próprio teclado (aprendeu de ouvido, aos 4 anos) e não usa playback nos shows.

“Gaga mudou o cenário nas rádios ao trazer a dance music para o centro da cena pop”, diz o blogueiro Perez Hilton. “Quando ela lançou seu primeiro CD, Just Dance, em abril de 2008, esse tipo de música não era mais tocado nas emissoras. Agora está em todo lugar. Ela fez com que a pop music se tornasse excitante de novo, de um jeito que não se via desde Madonna”, completa. Muita gente, aliás, a tem comparado com a rainha do pop. Não é à toa que as duas foram convidadas pelo humorístico Saturday Night Live para encenar uma divertidíssima briga no palco.

Thanks Abril, xx.

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